A Tempestade

Penetra o mar a embarcação
arrancando das águas a calma,
e com êxtase estremece o oceano,
seguindo pesadamente o seu destino
contra o sol que morre no horizonte.

O desconforto das ondas incessantes,
que gritam, que gemem, que choram,
reflete-se no balanço do navio
rasgando com ímpeto as águas escuras,
embriagadas de ódio e revolta.

Dançando nessa terrível vertigem,
ergue-se e desaba com dor o navio
enfraquecido em sua árdua labuta
de vencer violenta batalha marítima
e desvendar tenebrosa escuridão.

As nuvens choram em profunda tristeza,
o céu a assistir obscuro espetáculo,
derrubando sobre os colossais gladiadores
amargas lágrimas de som e de fúria,
castigando o navio e o mar.

Estridente, o clarão brotando do céu
como espada de Deus, chamejante,
destroça a embarcação atormentada,
que cai sobre o oceano em pedaços,
dando paz ao mar e ao céu.

7 comentários:

Ricardo Valente disse...

legalllll
abraço!

Fabiano Silva disse...

fantástico.
Mande para o e-blogue.
Abraços

Unknown disse...

O homem insiste em invadir o espaço dos deuses! que sejam punidos!
rss
ADOREIII DEMAIS!!!!

Cartografia n'alma disse...

Cada vez melhor, heinnn... Lindo! Forte, suave e lírico ao mesmo tempo. AMEI! bjus!!
p.s.: saudade dos nossos papos altas horas no msn. rsrs
mais beijos!!!

Cartografia n'alma disse...

Cada vez melhor, heinnn... Lindo! Forte, suave e lírico ao mesmo tempo. AMEI! bjus!!
p.s.: saudade dos nossos papos altas horas no msn. rsrs
mais beijos!!!

D.J. Dicks disse...

uau texto vbacana

Denise Ravizzoni disse...

Lembrei de uma música do The Cure... melancólica e linda. Just like heaven... Lágrimas não, é sábado à noite, estou só e entediada. Bjo, Lê, de uma Capitu pra outra.