Eu vou deixar de calçar os teus pés
E de lhe trazer à cama o café quente sem açúcar
E tirar dos teus olhos as remelas;
Não vou mais acender os teus cigarros,
Muito menos fazer o nó da tua gravata vermelha
E passar perfume em teu pescoço;
E quando me deixares para ir trabalhar,
Não conte comigo para engomar as tuas camisas
E nem lhe preparar aquelas almôndegas ao molho;
Não mais irei te esperar na sala de jantar
E com um beijo perguntar como foi o teu dia
Pois sei que eles são todos iguais;
Vou abandonar as carícias que eu lhe dava,
Aquelas antes, durante e depois do banho
E não conte mais comigo para esfregar teus pés;
Se perderes o controle da televisão,
Não me chame, pois não irei te ajudar a procurá-lo
Mesmo eu sabendo onde o controle está;
E quando dormir, por fim, exausto do teu dia
Vire para o outro canto da nossa cama
E não espere dos meus dedos afagos de boa-noite;
E de mim, meu bem, espere apenas mentiras
Pois o café está quase pronto,
os teus olhos livres das remelas,
o teu cigarro aqui aceso,
a gravata pronta em nó,
o perfume em tua pele,
as camisas todas engomadas,
as almôndegas já congeladas,
a sala de jantar preenchida,
um beijo de retorno,
orgasmos nos banhos,
pés livres de sujeiras,
o controle em cima da cômoda
e um afago de boa-noite.
E de lhe trazer à cama o café quente sem açúcar
E tirar dos teus olhos as remelas;
Não vou mais acender os teus cigarros,
Muito menos fazer o nó da tua gravata vermelha
E passar perfume em teu pescoço;
E quando me deixares para ir trabalhar,
Não conte comigo para engomar as tuas camisas
E nem lhe preparar aquelas almôndegas ao molho;
Não mais irei te esperar na sala de jantar
E com um beijo perguntar como foi o teu dia
Pois sei que eles são todos iguais;
Vou abandonar as carícias que eu lhe dava,
Aquelas antes, durante e depois do banho
E não conte mais comigo para esfregar teus pés;
Se perderes o controle da televisão,
Não me chame, pois não irei te ajudar a procurá-lo
Mesmo eu sabendo onde o controle está;
E quando dormir, por fim, exausto do teu dia
Vire para o outro canto da nossa cama
E não espere dos meus dedos afagos de boa-noite;
E de mim, meu bem, espere apenas mentiras
Pois o café está quase pronto,
os teus olhos livres das remelas,
o teu cigarro aqui aceso,
a gravata pronta em nó,
o perfume em tua pele,
as camisas todas engomadas,
as almôndegas já congeladas,
a sala de jantar preenchida,
um beijo de retorno,
orgasmos nos banhos,
pés livres de sujeiras,
o controle em cima da cômoda
e um afago de boa-noite.
6 comentários:
de repente me sinto assim.
Achei que já estivesse seguindo seu blogue... bom, agora estou... então, encontrei um código que impede a seleção do texto, deixei o endereço do blog em que achei isso abaixo do seu comentário lá no Coleira... Abração.
mutcho bueno
Muito bom. Gostei demais da maneira como brincaste com as frases e ao mesmo tempo, trouxe uma realidade à tona. Parabéns.
Toda mulher casada já sentiu, em algum momento,vontade de largar o marido para não viver um cinismo diante de uma sociedade e poder tentar amar outra pessoa sem culpas.
Agora se a mulher decide lutar para reacender o amor ou prefere se aventurar por aí, já não cabe a nós julgar-nos.
Eu preferi a primeira opção e não me arrependo!
Não é a história, não são as palavras; muito menos quem escreve.
Sei lá; de alguma maneira sem levar em conta a história, as palavras ou qm escreve; é como um corpo e este corpo reluz uma aura que cega de prazer.
Sei lá...O que tanto eu gostei?
lindo! *-*
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